Ao tocar no céu sinto o limite, o máximo do fim, a barreira intransponível, o inalcançável novo mundo.
Tanto se diz do fim, do findar do começo, do escuro desconhecido, da imaginação encoberta.
Ao tocar o céu bate o coração, desespera a calma, enfurece a paz.
Tanto se pode dizer tormenta, da agonia, do suspenso, do que não vem.
Ao chegar ao céu sei que cheguei, sem notar que cheguei, chegando ao que queria chegar, descuidando a chegada e, ainda assim, esperando a infinita viagem.
Ao tocar no céu sei o que sou.