Vivemos num Mundo cuja sociedade anda alterada.
Vivemos no meio de bichos noctívagos, sequiosos, endemoninhados.
Vivemos perante quem não vive, perante quem se destrói a cada acto.
Aqueles com quem coexistimos são morcegos ávidos pelo poder; são monstros que nos atacam a vitalidade. Morremos mais depressa desde que o agregado humano se individualizou.
Cada vez menos heróicos são também o amor e a paz por tantos desprezados e desrespeitados. Tornaram-se banais, foram revogados. Logicamente que isto nos remete para uma realidade autónoma que não necessita minimamente de recorrer a dogmas e valores. Porém, é do conhecimento de todos que a nossa actualidade só espera por uma vindoura em pior estado de degradação social.
Falo do amor porque é esbanjado de boca em boca, de tecla a tecla. Corrijo. Não propriamente o amor em si... A palavra. Perde o significado, deixa de fazer sentido utilizá-la num contexto normal. Sim, porque, se se diz amar o colega A ou B que daí a dois anos já se esqueceu, que sentido faz uma mãe dizer amar um filho? O amor já não é amor, é um vislumbramento ilusório dos jovens. "Amor, amor já não o há como o de antigamente..."
A paz é diferente. Sempre foi desejada. Sempre foi urgente criar harmonia e viver nela. A paz é diferente, porque é um conceito, um objectivo que deve fazer parte de todas as mentes. Mas, mais uma vez, o que é a paz num mundo industrializado e egoísta?
Como cidadã, defendo a minha integridade. A minha e a dos que de mim fazem parte.
Há que preservar o que ainda permanece... Há que o fazer para toda a vida...