terça-feira, 11 de outubro de 2011

Vai mas vem...

O mar é certamente incerto... Vai e vem. Vai e acaba por voltar a molhar-nos os pés.

O mar é como a vida: boas marés virão, mas más marés também marcarão presença. Numa ou outra crista da onda, sentimos o êxtase, a adrenalina, o querer sempre mais... Numa onda traiçoeira, apenas nos resta imergir naquela desordem... e esperar que ela passe... Erguemo-nos, então, depois desta, um quanto desajeitados, cabelos molhados... e areia.

Sabemos que não é essa onda que nos leva... que não é essa onda que nos vais mandar para a toalha chorar... Mas também sabemos que a vida tende a ser um pouco mais que um rebentar de onda aos nossos olhos. (Ou, pelo menos, julgamos nós...)

Na rotina, nos relacionamentos, no trabalho, surgem problemas (im)possíveis, questões (in)compreendidas... Mas é só uma má onda... Uma onda em que molhámos a cabeça.

O mar vai mas vem, as boas oportunidades também. Assim como a certeza e a inquietude.


Somos feitos de espuma revolta, por vezes... Mas também de mar sereno, nos "entretantos"...








terça-feira, 4 de outubro de 2011

Under pressure.

Todos temos problemas. Problemas e frustrações. Limites de paciência e tolerância. Tolerância necessária para viver em Sociedade.


Mas nem todos sabemos isso... Muitos de nós ainda não se aperceberam de quais são os seus limites. Talvez por falta de ocasião, talvez por falta de dedicação ao próximo.

Como amantes dos que nos pertencem, temos de os proteger, temos de os afastar das sombras onde tudo parece dominar-nos. Temos de calar, quando o que realmente queremos é gritar até nos fazermos ouvir...

Há pouco tempo dei conta disto... Há pouco tempo reparei que ajo sem cabeça, que falo apenas a pensar em mim... Mas não posso... Tenho de calar... Tenho de calar, mesmo que acabe por deprimir...

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Para nada.

Continuo a sonhar,
continuo constantemente a sonhar.


Continuo a achar que sim,
continuo estupidamente a achar que sim.

Continuo a não querer esquecer,
continuo teimosamente a não querer esquecer.

Continuo a olhar,
continuo esperançosamente a olhar.

Continuo a adorar ouvir,
continuo expectantemente a adorar ouvir.

Continuo a pensar ,
continuo exaustamente a pensar.

Continuo a recordar,
continuo melancolicamente a recordar.

Continuo a querer falar,
continuo ansiosamente a querer falar.

Continuo a querer sentir,
continuo sofridamente a querer sentir.


E continuo a escrever,
continuo cegamente a escrever...