terça-feira, 28 de dezembro de 2010

2010? 2011.

Foi um ano como os outros. 12 meses, dias com 24h, Inverno, Primavera, Verão, Outono, todos comemorámos aniversários, Carnaval, Páscoa, Natal.

É um pouco estúpido ser 2010 no dia 31 de Dezembro às 23:59.59 e 2011 a partir das 00:00.00. Mas ninguém se queixa e são feitas inúmeras festas, apanhadas "milhentas" bebedeiras, cometidas inconscientes loucuras. É o tal banal acontecimento (a passagem de um milésimo de segundo) que reúne corações, amizades, conhecimentos, copos, música, passas, desejos, planos... Tudo de maneira a concentrar um recheado ano num ponto abstracto de cada mente, analisá-lo, rever o que mais interessa, deitar fora o que não nos agrada.

Seria um acto consensual, se se utilizasse a recapitulação em proveito do crescimento pessoal - o que ninguém faz, apesar de muitos acharem que sim.


Que sejam aproveitadas as loucas noites e madrugadas, que se festejem as conquistas alcançadas, que se sorriam as felicidades, que se acarinhem as tristezas, que seja a vida muito amada...

Criem projectos para 2011, ponham-nos em prática e sejam muito bem sucedidos.

Um beijinho meu, um óptimo novo ciclo para todos. :)

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O som...

O som que entra e revibra em mim, a melodia que me embala e hipnotiza, a letra que desabafa e sussurra...

Magnífica esta de Dave Matthews... Obrigada pelo pleno conforto...


terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Íris em arco.

O Mundo não é redondo.

Redonda é a bola chutada.

O Mundo é aproximadamente esférico.


O céu também não é azul.

"Azul" é uma palavra.

O céu está alto.


O sol nunca foi ou alguma vez será amarelo.

O sol é um astro:

um astro que brilha.



Mas eu sou amarelo, violeta, azul, verde,

cor-de-laranja, prateado, cinzento,

cor-de-rosa, vermelho ou castanho.


Sou feita de cores que existem,

sou constituída por...

complementada por iluminações coloridas.




O dia caracteriza a cor, a disponibilidade, a paciência.
Define a íris em arco que nos envolve.

Sem qualquer fim determinado

Tudo decorre no seu próprio compasso, no seu próprio passo; tudo enquanto eu vivo e penso, repenso e não ajo.

Tenho um propósito e vou apenas ser a sua assistente assídua. Deixar tudo acontecer, deixar que tudo me ultrapasse e não interferir no decurso natural do que existe.

Vou perguntando que horas são, quanto tempo falta, quando termina... Há-de haver o momento em que as horas são as certas, não há tempo que falta e tudo finalmente acaba.

Há-de chegar ou não. O meu fim esperado pode nem passar-me perto...

sábado, 4 de dezembro de 2010

É o fim.

Já vimos de tudo. Já tentámos para nada. Já fizemos e desfizemos asneiras. Já corremos contra o vento e já nos afundámos em conjunto.

Não dá. Como tudo o que existe, também isto tem uma razão. Demasiado (in)compatíveis, demasiada teimosia, demasiada inexistente paciência.

É o fim. É o Nosso fim, mas, para mim e para ti, é um final aberto...

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Tempestade

E, mais uma vez, o céu encheu-se de nuvens, o vento assobiou descomunalmente, as árvores fantasmagóricas esbracejaram ao som das folhas arrastadas.

A tempestade era, de cada vez que aparecia, mais intensa, mais robusta e exigente.

Nos tempos em que apenas ameaçava, ainda permitia a inexistência de um bom impermeável acompanhado de um simples chapéu-de-chuva.

O tempo, como Ser independente, seguiu a sua constante contagem, sem olhar a meios. E, lado a lado, andava com o frio, com a incerteza pluvial, com as poças de água que, outrora, seriam apenas mossas e depressões no solo.

O tempo foi sempre responsável, sempre cumpriu a sua escala, nunca faltou uma hora nem chegou alguma vez atrasado. Porém, o Inverno cerrado abriu uma falha no ciclo e corrompeu tudo o que se lhe atravessasse.

A chuva passou a granizo; a aragem metamorfoseou-se em ventania, em vendaval descontrolado; a terra virou lama; o sol escondeu-se; e o horizonte, o horizonte já não era horizonte; era, sim, abismo.


O chapéu não suportava toda a intensidade e arqueava. Arqueava até virar. O casaco deixou de ser "à prova de água" e ensopou-se à primeira gota.

A minha natureza perdeu as estribeiras e já não tem agora qualquer sentido...

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Um esboço inacabado

Sem ti sou um corpo deambulando na vida;
Sou alma perdida no rio;
Sou projecto de essência;
Sou tentativa fracassada.

Com a tua ausência torno-me rude;
Torno-me escassa;
Torno-me a sonâmbula do mundo que me rodeia.


Contigo passo a existir;
Passo a acreditar;
Passo a ser um alguém com sentido e significado;
Passo a viver.

Sentindo-te comigo, apareço com nitidez;
Apareço como borrão destingido;
Apareço junto de quem me acolhe;
Apareço feliz.


"Semtigo" sou apenas um esboço. Um esboço inacabado e esquecido.

sábado, 6 de novembro de 2010

Conquista.

É necessária a luta, as horas perdidas de esforço, as noites mal passadas, a angústia sofrida, o desgaste psicológico... Tudo é necessário para a conquista, para qualquer tipo de conquista.

Quem conquista, conquista a valer: não conquista por conquistar nem por apenas ter algo conquistado; ter feito uma conquista.

Por conquistarmos o que pretendemos, merecemos consideração, respeito por aquilo que conquistámos.

Já que é feito com intenção (se não fosse, não teria sido, de modo algum, conquistado), devemos prolongar a sensação de conquista, reservar todas essas forças para que, quando mais tarde voltarmos a precisar, possamos reutilizá-las ou até reciclá-las, torná-las substância palpável, indícios das nossas próprias conquistas.

Para que a sintamos a longo prazo, temos de lhe fazer a manutenção: limpar o pó, retirar as teias de aranha, regar-lhe as raízes, arejá-la. Sobretudo, temos de revivê-la, partilhá-la, amá-la...

...pois quem não ama a sua conquista, então não conquistou nada.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Sonho sonhado...

Sonho contigo... Em vão... Em vão, talvez não...

...Todas as noites me assombras, me sussurras ao ouvido e pedes para entrar...

...Inconscientemente te dou permissão. Sei que não forças a entrada, tenho completa certeza...


(Ajolaste-te no meu coração há muito tempo e nunca mais estiveste pronto para me abandonar... Nunca me gritaste "Por favor, deixa-me sair!"; tantas coisas dizeste, sempre me fazendo ver que, o que realmente querias, era exactamente o oposto...

Nunca deste credibilidade às tuas palavras nem às tuas ideias de felicidade forçadas... Eu sei-o. Eu conheço-te. Conheço-nos.

Sinto a falta do que, segundo a tua pessoa, perdi para sempre...

Fazes-me falta para construir a minha essência. Necessito-te para escrever o nosso desenvolvimento (já apontei o nosso começo, já delineámos o nosso fim)...

Estás confortável assim. Eu entendo. Estou confortável também (cada vez o estou menos, mas enfim). Mas eu NÃO QUERO estar confortável! Quero viver! Quero amar sem dar importância às montanhas que teremos de escalar, às lágrimas que acabaremos por derramar, às palavras mal-ditas e impensadas, às rasteiras/ratoeiras que encontraremos no caminho, aos gritos que te darei para te acordar, aos incontáveis avisos que terás de me dar para que eu cresça... A tudo aquilo que nos está, neste momento, a impedir de agir correctamente...)


... e então, "sonambuleias-te" no meu repouso, confortas-me e fazes-me feliz...


quinta-feira, 14 de outubro de 2010

É meu dever, é nossa obrigação.

Proponho-me a grandes conquistas, a grandes feitos.

Sou ao que chamam "ambiciosa".

Não tenho noção dos limites por estar convicta de que eles realmente não existem.

Procuro a perfeição, apesar de estar cada vez mais distante do meu ideal.

Gosto de dar o máximo, de me esfalfar, de desafiar as minhas próprias capacidades.


Nada disto faço por conveniência. Faço-o como entretém. Dá-me puro gozo, divirto-me com as inúmeras vezes que falho por tão longe estar do pretendido.

Aplico a Minha Filosofia ao meu jeito. Corroboro-a com os meus resultados de vida. Divirjo-a com as minhas patéticas experiências.


Não quero chegar ao céu... Quero tocar no céu. É o meu dever, é a nossa obrigação.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Sem alma... Sem estofo...

Ao imaginar uma montanha russa, um ioiô ou a minha disposição, a imagem obtida é exactamente a mesma.

De pés assentes, a desafiar a gravidade, em baixo, lá no alto, inconstante. Sinto-me assim. Instável.

Tenho a impressão de que não posso confiar em mim própria, nos meus pensamentos ou sentidos. Julgo-me equilibrada e confiante, mas, no entanto, sou um elefante cinzento numa corda bamba.

Deve ser do tempo, da chuva que cai e me diz para ficar em casa, enrolada nos acolhedores lençóis de riscas brancas e rosa-claras... Se não for, não sei do que será; não encontro explicação.

sábado, 2 de outubro de 2010

'Dedica-te à Vida'

Quero esquecer tudo... Quero ter a certeza de que nada aconteceu... Quero estabilidade na minha alma...

O coração batia tão depressa, as mãos tremiam e suavam, os olhos espelhavam o forte sentimento... Mas, como já devia saber, a distância impede o batimento de se manter constante, segura as palmas desassossegadas, apaga a luz que vem de dentro...

Sou uma tola, bastante ingénua, uma estúpida nata por não me ter lembrado disto a tempo... Impediria tantos acontecimentos fortemente (in)desejados... Impediria de me fazer sofrer.

Vi as horas passarem, senti os dias findarem, presenciei as escassas semanas a escaparem ao meu controlo. Contudo, não vi mensagens de agrado a cada hora, não senti calorosas despedidas a cada dia, não presenciei alegria nem entusiasmo a cada sete dias que contava...

Talvez não merecesse tal coisa, provavelmente não seria a dona de tais aconchegos...


Quero segurança no meu Sol. Quero confiar na minha Gravidade. Quero abarcar o meu Mundo. Quero vivenciar o meu Momento, a minha Oferta.

P.S.: Para além de tudo isto, o que me faz mesmo falta agora é um abraço apertado para chorar tudo o que carrego...

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Whatever...

Estou nem sei bem como.

Sinto-me que nem consigo descrever.

Gasto-me mais depressa que tudo.

Penso de forma impensável.

Sou forte como uma esponja.

Nasci fraca como um estrondo.

Aprendi não sei porquê.

Ignorei algo que me falta.

Reti o que não devia.

Gosto do que não existe.

Cresci sobre algo incerto.

Sonho com o que não virá.

Corro já sem fôlego.

Espero o que mais amo.

Salto tanto quanto me enterro.

Sobrevivo ao que me mata.

Descomprimo o que não tenho.

Solto o que não chego a apanhar.

Grito a agonia que não me pertence.



Escrevo do que não conheço.

sábado, 11 de setembro de 2010

Tão perto, mas tão longe...

Estou longe e não posso... Faria tudo para ficar por perto; para ser constante e não casual...

Gostaria de poder presenciar cada momento, de deixar o mundo virtual e receber a realidade... Mas não me soltam, não me dão o empurrão que peço encarecidamente...

Seria bom estar lá. Seria bom, se deixassem...

Agora que faz parte de mim, não podem tirar nem proibir. Agora, agora têm de oferecer. Assim, seremos todos mais felizes, mais ágeis ao que virá...

É novo, ainda está pintado de fresco, mas não podem impedir que seque, que amadureça...

É diferente, é novidade. De início custa, se não for o vosso hábito, mas, com o passar do tempo, adaptar-se-ão ao novo caminho.


...mas, bloquear a passagem, nunca poderão...

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Grr!

Andei a fazer exames, análises, ecografias e nada...

Mandaram-me acordar a meio do meu sono de beleza, ficar em jejum, depositar o meu "alívio da manhã" numa garrafa de plástico, beber líquidos com sabor a limão estragado, tirar duas doses de sangue fresquinho e esperar duas horas numa entediante sala de espera... Tudo em vão.

Era suposto saberem o que se passa! Eles é que são os médicos! Mas, em vez de porem as cabecinhas grisalhas a pensar, não, obrigam-me a andar de clínica em clínica, com um saco na mão carregado de papéis rascunhados e de envelopes com películas "a negativo" dentro.


Hoje de manhã, bem de manhã, segui outra vez numa das grandes desventuras.


Um cheiro a químicos num dos compartimentos da "sala branca" invadiu o meu oxigénio. Um odor completamente penetrante! Um "Holter" foi o que me levou lá (um exame para verificar o meu ritmo cardíaco durante umas belas 24 horas).

Deixaram-me um recado: NÃO PODES UTILIZAR O TELEMÓVEL ATÉ TIRARES O APARELHO. (grr, pensei.)

Ao abandonar o edifício, olhares de desconhecidos analisavam o meu peito coberto de "fita-cola" e de fios pretos, e uma bolsa cúbica agarrada à minha cintura.

Na rua, nas lojas ou no super-mercado, fui alvo de... de chacota não digo, mas, se se pudessem ver os pensamentos de cada um, estes seriam uns vermelhos, gordos e bem visíveis pontos de interrogação.

Para conseguirem imaginar bem a minha pessoa, imaginem alguém que estivera internado uns tempos e que fugiu do hospital, levando toda a aparelhagem atrás de si.


Isto arranha, não me deixa tomar banho e é desconfortável! Quero tirar isto de mim!!!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Sorrir.

Gosto de sorrir.

Gosto de aproveitar o maior prazer da vida: arrepanhar os cantos da boca, mostrar todos os dentes que tenho, impulsionar as bochechas rosadas contra os olhos, mostrar o brilho intenso que reflecte a imagem do momento, soltar um som destemido; sorrir.

Sorrio imenso ultimamente. Faço sorrir, muitas vezes. Sabe bem ver a expressão que nos responde àquele singelo movimento. Completa-me, o receber de volta o gesto universal de quem me observa de longe.

Por vezes sem motivo aparente ou em momentos até mesmo inoportunos, o sorriso e o riso apoderam-se de mim, ficando presos e contagiando quem me olha, quem me ama.

Porém, não gosto de sorrisos forçados, de sorrisos por sorrir, por apenas ficar bem. Se é para sorrir, que se faça com gosto.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Sem saber, sabendo.

Algo se passou...

Alguma coisa surgiu naquele preciso momento...

Talvez uma quebra no tempo provocada por um relógio partido pelo cansaço...

Ou uma árvore tombada por um suspiro provindo de um corpo oco e sabido...

Poderia também ter sido um ressonante estoiro de alegria e satisfação, causado pela euforia da gente nova...

Fosse o que fosse, fez-se sentir, em mim, ribombando no meu Eu...


Só mais tarde percebi... Foi saudade, aquilo que senti...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Mais um ano...

Mais um ano de loucuras, choradeiras, risadas, mergulhos, nervos, energia, alegria...

Mais um ano de mim...

sexta-feira, 30 de julho de 2010

O maior Mistério...

Ouvi há tempos... "A Vida é uma viagem perpétua...".

Será?

Será o Nascimento o nosso começo? Será a nossa Morte o nosso fim?

Nunca se vive em pleno... Passa-se pela Vida... Viaja-se, vai-se pousando em acontecimentos, tornando-os importantes, inúteis, indispensáveis, substituíveis...

O que nos guardará a Vida? O que nos espera o Amanhã? Estará o Destino já traçado ou seremos nós que o compomos à medida que vamos "vivendo", passando pela Vida?



Não há maior mistério que o mistério de ser gente...

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Imperfeita perfeição.

Tal como o brilhante sol no céu encoberto ou o barco no mar naufragado...

Tal como o saboroso insípido almoço ou o sonho nunca realizado...

Tal como saber a notícia nunca revelada ou dizer a palavra nunca antes pronunciada...


Tal como eu...

Como o Mundo.


Tal como um sono profundo num chão empedrado ou a mortífera sede da constante vitória...

Tal como o Mundo...


Tal como a morte numa vida de glória.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Ao tocar no céu.

Ao tocar no céu sinto o limite, o máximo do fim, a barreira intransponível, o inalcançável novo mundo.


Tanto se diz do fim, do findar do começo, do escuro desconhecido, da imaginação encoberta.


Ao tocar o céu bate o coração, desespera a calma, enfurece a paz.


Tanto se pode dizer tormenta, da agonia, do suspenso, do que não vem.


Ao chegar ao céu sei que cheguei, sem notar que cheguei, chegando ao que queria chegar, descuidando a chegada e, ainda assim, esperando a infinita viagem.



Ao tocar no céu sei o que sou.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Era uma vez...

Certa noite, já bem longe da hora de jantar, ouvi a minha avó a chamar por mim:

- Ritinha, anda cá! Ritinha!

Era raro aquele acontecimento. Um chamamento real, genuíno, empolgado...
- Já vou, avó. Estou a arrumar a cozinha.

Levantei a mesa à pressa, equilibrando o meu prato, o da minha mãe e o do meu pai, em pilha, que sustentavam três copos com um restinho de sumo no fundo e os talheres engordurados. Com a mão vaga, segurava a saladeira cheia de azeite, vinagre e as sobras de alface e cebola.

Num momento de profunda concentração, ouvi outra vez:

- Ritinha! Depressa! Anda cá!

Ao tiro da partida, caíram os talheres, rodou a saladeira sobre a palma da mão, tropeçaram-se os pés um no outro.

Pousei a "tralha" na bancada e corri a passos largos até ao quarto da minha ansiosa avó.

- Que queres, 'vó?

- Vou contar-te uma história... - indicou ela, olhando para a sua mão enrugada pela sabedoria da idade.

Olhei, inclinei a cabeça para o lado, como quando se quer entender melhor alguma coisa, e escutei:

- Eu e a minha mão somos conhecidas há muito, mas muito tempo...- iniciou.

Pensava: "Que sairá daqui...?".

- Era uma vez, cinco malandros.
Este aqui (demonstrou, abanando o dedo mindinho) é um pobrezito... É o mais pequeno de todos e por nenhum outro é respeitado.
Mas este (tremelicou agora o dedo anelar) é como um passarinho... Sempre a cantar e a bailar.
O do meio (encolheu os outros deditos envelhecidos) é o Rei! Acha-se importante e impõe as suas regras...
O primeiro é um maroto (apontou o olhar para o dedo indicador)...! É conhecido por todos como o "fura-bolos". Um guloso nato...!
O último (fez sinal de "fixe") gosta de ir à caça...! É um verdadeiro mata-piolhos! Crrr crrrr!


Sorri, sorri pela inocência do relato, pelo riso da minha avó e pelo brilho dos seus olhos ao terminá-lo...

Uma sensação de pura satisfação...

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Ser... a sonhar...

Na noite mórbida, fragilidade de recém-nascido surge...

Cerram-se os dois milagres, para não ver; sustém-se as pernas contra o peito, para não entrar; cobre-se o corpo num invólucro doce e genuíno, para não sentir...


Ali se fica... Ali se abstrai... Ali se sonha...


Num outro ar, criatividade de criança emana...

Abre-se as asas, para conseguir; solta-se o cabelo, para pairar; descerra-se o mundo, para conseguir voar...


Ali se quer... Ali se renasce... Ali se liberta...



O sopro de Éolo despertou a mente... Trouxe-me de volta, deixei de sonhar...

segunda-feira, 17 de maio de 2010

A emoção das palavras...

Os sons das letras, o jogo das sílabas, o toque das palavras, a voz do sonho...

Ensinam-nos o "A, E, I, O, U", articulam-nos o "Pa, Pe, Pi, Po, Pu", educam-nos para "O amor é fogo que arde sem se ver", expõem-nos ao Mundo...

Escrevemos com alma, pensamos com o coração, imaginamos a imaginação...

Cada dia que passa, aprendemos, erramos, apagamos, refazemos, compomos...


A emoção das palavras... (des)espera-se nas entrelinhas...

sábado, 8 de maio de 2010

E se...

Se eu estivesse,
Se eu olhasse,
Se eu dissesse,
Se eu soubesse,
Se eu fizesse,
Se eu falasse,
Se eu cantasse,
Se eu saltasse,
Se eu sonhasse,
Se eu voasse,
Se eu chorasse,
Se eu gritasse,
Se eu fugisse,
Se eu partisse,
Se eu escondesse,
Se eu falhasse,
Se eu caísse,
Se eu forçasse,
Se eu parasse,
Se eu dormisse,
Se eu acordasse,
Se eu respirasse,
Se eu andasse,
Se eu amasse,
Se eu beijasse,
Se eu abraçasse,
Se eu tivesse,
Se eu perdesse,
Se eu encontrasse,
Se eu descobrisse,
Se eu brilhasse,
Se eu fundisse,
Se eu mingasse,
Se eu crescesse,
Se eu vivesse...

E se eu não quisesse?!



quinta-feira, 29 de abril de 2010

Monotonia.

Quando tudo está perfeito, nada nos desconcentra.

Quando o perfeito se repete, deixa de ter significado.

Quando a repetição acaba, há uma valeta.

Quando a valeta chega ao fim, tudo normaliza.

Quando o normal é frequente, torna-se monótono.


Quando a monotonia acontece, nada nos anima...

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ahhh...! Que alívio...!

Era daqueles dias em que, na noite anterior, tinha “enfardado” um excelente “Cozidinho à Portuguesa”, uma magnífica “Lagosta” e um inigualável “Pão-de-ló”.

Acordei cedinho com os roncos da minha zona abdominal. Para não fazer muita pressão nesse local, de modo a que não houvesse “estragos”, rebolei-me sobre o meu lado direito até à pontinha mais costeira da minha longa cama de casal. Alcançada a meta, empurrei as pernas, uma a uma, para fora do ninho. Já com metade do corpo de fora, mas sempre em posição rectilínea, tentei calçar as enormes pantufas cor-de-mel.

Vinha, de seguida, a acção mais complicada: pôr-me de pé. Fui escorregando, o mais horizontalmente possível, até só ficar apoiado pelos ombros na periferia direita do colchão. Com os braços dormentes e sem força, resultante de uma curta noite de sono, tentei erguer-me em direcção ao céu. Duas e três tentativas falhadas, mas, à décima quinta vez, consegui!

Com metade do objectivo cumprido e com o dobro da pressão intestinal, arrastei-me até ao segundo piso, a passinhos curtos para não dar azo a incidentes, em direcção à casa de banho. Cada degrau parecia-me mais alto do que o anterior; aquela escadaria não tinha fim! Agarrado ao corrimão com ambas as mãos, subi a última montanha.

No andar de cima, pouco faltava… Restava-me passar pelos três quartos de hóspedes, pela super-arrecadação, que mais se aproxima de um armazém, e pelo escritório pertencente ao pai, à mãe, ao primo, à tia, ao tio e sobrinhos e, por fim, ao canário.

Continuei a caminhada sempre hirto e de cara franzida.

Dobrando a esquina do escritório, avistei a porta de madeira-velha que se encontrava fechada. Marchei a passada estreita para a enfrentar.

Encostei-me à parede, de costas, sobre o interruptor, para um último suspiro de cansaço:

“-Ei! Quem apagou a luz?!?!” - ouviu-se de lá de dentro.

Rodei o puxador com vigor, puxando e empurrando aquela barreira para o meu tão esperando mundo:

“-Tem pena de mim!!! Despacha-te, quem quer que tu sejas!!!” – exigi ao “fantasma”.

Ouviu-se o autoclismo em alto e retinido som. Era o meu passaporte!!!


Muito lentamente, rodaram o puxador, no outro lado. Abriu-se a porta como nas casas assombradas, apenas faltava a musiquinha de terror…

Assim que vi um braço, puxei-o com força e entrei eu. Era a minha vez!

Tranquei a fechadura a sete chaves, abri a janelinha para que aquela fragrância desaparecesse e senti-me nas sete quintas…

Rita

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Um vazio...

Surpirei. Simplesmente, suspirei. Reflecti, desmanchei...


Com toda a alma a olho nu, assentei, pousei e ali fiquei... Gélida, ardente, calma, inconsciente...

Quis romper, não consegui. Quis tentar, quis recuar...

Não sabia porquê, ninguém me arrancava a razão. Estagnei...


Puxada a ferros senti o vento beijando-me a face húmida, impedindo a loucura de ser gente...

Suspirei, agarrei-me com garra, mas não foi o suficiente. Deluí novamente...

De coração frágil aberto para as facadas, não aguentei. Gritei!



Ouviu-se um estoiro, caiu-me o Mundo...


quinta-feira, 15 de abril de 2010

O Futuro do Mundo Depende de Nós

O Mundo nasceu. Foi "patinhado" por enormes seres hoje extinguidos. Surgiu o Homem. Perdeu-se o Mundo.

Algo se passa com a Humanidade, com a mente dos animais racionais tomados por "inteligentes"... Algo recuou com o avanço, algo avançou com o recuo...

Hoje, destrói-se "a nossa casa" por prazer, porque tem de ser! Ontem, nem electricidade havia.

Viveu-se bem, por cá... Sim, viveu. A natureza estava em paz... Vive-se mal, aqui, onde Humanos revoltam a pura tranquilidade, onde a raiva já dá sinal de si...

Queixam-se das cheias, das tempestades, dos furacões, das secas, do frio, de tudo! Pagam pela poluição, pela desflorestação, pelos derrubamentos, pelos fogos postos, pelo abuso, por tudo!

Ainda perguntam porquê? Ainda afirmam ser inocentes?


Não queiram expirar, não desejem acabar com o Mundo. Tenhamos pena, cuidemos e preservemos o que, não tarda muito, deixa de existir...

sábado, 10 de abril de 2010

Já?!

O Natal já fugiu, o Carnaval pouco durou, a Páscoa passou a correr... Já?!


Tirei estas férias para descanso mental. Até da escrita abdiquei. Precisava...

Segue-se o Inferno, o temível e mais que desejado 3º Período: o relax parcial. Os últimos dois meses...! Já?!


Nunca nenhum ano passou tão a correr... Costuma-se dizer: "O que é bom passa depressa.". Assim o é.



Gostava de reviver estes últimos tempos... Mas já afirmava o outro...



"O tempo não pára..."

quarta-feira, 24 de março de 2010

Por favor...!

Estou exausta.

Já não sei o que fazer ou para onde me virar.

Ter de acordar cedo, ter de trabalhar que nem uma mula de serviço para os outros, ter de me chatear, ter de respirar, ter de treinar, ter de comer, ter de dormir... Tem sido assim... Esgotante!

Queria poder acalmar... Ter um pouco de tempo para mim... Para as "minhas" pessoas, os meus problemas, os meus hobbies...

Gostava que tudo fosse simples, nada complexo e preocupante, nada que me ocupasse toda a paciência e o coração que ainda me restam...

Poder acordar e dizer "Estou feliz!" ou poder adormecer a pensar "É já amanhã... Falta pouco!" seria a melhor recompensa que poderia ter...


Não sei o que fazer, dizer ou pensar... Não sei se deva correr, fugir ou chorar...

Estou exausta... Só quero poder amar! Sonhar! Viver!!!

domingo, 21 de março de 2010

Ixo e tal!

N sei se me prexebem pk hj tou bue inxpirada e decidi fzr exte texto expectaclar vai xer bue bacano pk ngm vai prexeber nd por cauza kisto n tem pontx nem virguls nem axentos por ixo dezenraskemse e leiam ate o fim e n me xateiem ca com coixas tbm n me pexam pa fzr akela coixa pa mudar de linha pk o botao ta longe e por ixo canxa bue e n tou pa ixo ah pa lem dixo ja deviam xaber k eu n xei ond fika os axentos penxei kesta coixa das teknologias foxe mens dificil pa malta e mais facil tao a prexeber e por ixo e keu exkrevo axim pk da trabalho ne axo k xeguei ao fim pk n xei o k exkrever mais pk tou canxada e n mapetexe exkrever voltem spr pa ler o keu exkrevi

sábado, 20 de março de 2010

Poemas, rimas e brincadeiras...

Poesia salta,
Santita, rebola,
Espreguiça, enrola,
Brinca e esperneia.

Poesia fala,
Canta, encanta,
Sorri, é feliz,
Chora e dorme.

Poesia é fiel,
Meiga, compincha,
Amiga, família,
Única e rara.

Poesia és tu,

Eu e o outro,
O primo do outro,
O amigo de todos nós...

A forte saudade...

Foste importante;
Foste essencial;
Foste indispensável;
Agora, foste...

Estavas presente,
Mesmo ausente,
Estavas comigo;
Agora, foste...

Partilhavas tudo:

O choro, também o riso
E o teu belo sorr
iso...

Agora, foste...

Contigo cresci;

Comigo aprendi;
Nunca erraste, mas
Agora foste...

Sonhei, um dia,

Que te perderia.
E agora...!
Agora, foste!

Nada disseste;

Não avisaste;
Por mim choraste e
Agora foste...

Doeu, continua a doer...

com maior aperto...
Quero-te por perto, mas
Agora foste.

Tu foste.

Eu sei que sim!
Dá-me descanso...
de mim...

Quero ar e voar...

Quero a noite e o luar...
Num sono profundo
Te hei-de encontrar...


Sossega... Ainda agora foste.

terça-feira, 2 de março de 2010

Pelo mar...

Num outro dia, escrevi algo como:


"Era de noite. Noite cerrada... A lua cheia lá no alto, ofuscando o olhar de quem a fita...

Passeava só, espairecia vazia, a pensar no Ontem, reflectindo no Hoje, programando o Amanhã...

Saborear o rebentar das ondas, sentir o borbulhar da espuma que me abraça os tornozelos...

Sonhar...


(...)


Sem qualquer explicação, apareceu no céu, escrito com grãos de areia branca, preta e outros tons, uma frase...

"O Ontem já foi, o Amanhã virá a ser. Vive o Hoje e volta a sonhar..." ."


É por estas e por outras que quanto mais se tenta perceber o Ontem, mais nos atrasamos para o Amanhã...

segunda-feira, 1 de março de 2010

O tempo.

O tempo...


O tempo foge-me por entre os dedos... Serpenteia lentamente, finta-me o olhar...

Por vezes, quero mais... Mas não há vagar!

Noutros dias, não quero tanto... Mas não escassa!


Quem entende este tempo que não corre quando deve e me foge quando não teme?!


Se, pelo menos um dia, me obedecesse, cumprisse as minhas necessidades, transpusesse limites...



O tempo é o tempo! Nada o pára, nada o obriga!

O tempo é o tempo! Nem toda a gente nele paira... Mas há quem consiga...!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Carrnavau!!!

Sinceramente...! Carnaval à chuva?!


Coitados de quem, com poucas ou mínimas peças de roupa, mal cobriram o corpo...

Que miserável gente esta... Toda contente nas ruas repletas de cativantes mascarilhas... (Sim, é inveja... hihi)

Fecharam-se as estradas, proibiu-se a movimentação de veículos, compraram-se acessórios à pressa... Tudo isto para o grande desfile!
Mas, bem... De que serviu?

Desatou a chover! É certo... Pôs toda a malta a correr...!

Como tal, nada melhor (ou pior) do que ficar bem longe, nas terras no Norte, a ver a neve cair!

- "Rita!!! Acorda!!! 'Tá a nevar!!!"
- "Sim! Já vi há bocado quando a claridade me acordou..."

domingo, 7 de fevereiro de 2010

A Vida?!

Ora, ora...!

A Vida?!
A Vida é certa,
Nasces, vives,
Vives, morres!

Ora, ora...!

Nascer?!
Se estás aqui,
Nasceste,
Se nasceste,
Aqui estás!

Ora, ora...!

Viver?!
Respiras, dormes
Comes, acordas,
Corres, namoras,
Foges, apanhas,
Choras, dormes!

Ora, ora...!

Morrer?!
Envelheces, dormes,
Dormes, dormes,
Comes, dormes,
Suspiras, morres!


Ainda não sabem como é a Vida?!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Aquela dorzinha...


(4' 40'' - vejam, reparem...)


Não é para fazer publicidade, não é, mas alguém viu os Ídolos, dia 31?! Será que alguém reparou no mesmo que eu...?




É certo que cada um tem direito à liberdade de expressão, mas sempre ouvi dizer: "A tua liberdade acaba quando começa a minha...".




Não é um pensamento facilmente decifrável, apesar disso, vale a pena reflectir...



Como já disse no post anterior, desde que tudo seja exposto educada e delicadamente, tudo é aceite (até certo ponto, obviamente).




Viram o que eu vi? Constataram aquele facto de pura inveja e inoportunidade? Por amor à Santa...!

Que a fama afecta a personalidade, isso já tinha percebido, mas, afinal, afecta também o bom senso...


Sinceramente, não sei como correu toda aquela "trafulhice" nos bastidores. Provavelmente, eu explodiria (com o feitio que tenho, é de esperar)... Então e o "agredido"?! Terá ele estofo suficiente para aturar aquela dorzinha aguda exposta pelo "agressor"?!





Não vejam "TV"...! Não queiram ser famosos, não queiram ser egocêntricos, não queiram ser egoístas, não queiram ter de usar cotoveleiras...!


Poupem-se!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Por mim...!

Já várias pessoas me perguntaram: "És mesmo tu quem escreve os textos do blog?!".

Sim, sou. Mesmo eu! Quem me conhece, sabe-lo bem... Quem não conhece, fica a saber...


E não foi à toa que aderi ao blogspot. Esclareço aqui que, quando o iniciei, pedi opinião à minha professora de Língua Portuguesa se o deveria continuar... Recebi todo o apoio, pelo qual estou imensamente grata...!


Escrevo por mim, por todos nós, para mim, para todos vós...


Se não gostam do que lêem, digam-no de forma sincera, correcta e com respeito. Com certeza que não aceitarei comentários de "boca mal lavada" (ou seja, com palavrões e ofensas desnecessárias)...



Continuem a "ler-me"... Estarei aqui...

sábado, 23 de janeiro de 2010

Incrível!

É incrível esta actualidade! Casamentos homossexuais, "poligamia" nos namoros, "curtes"...



Mas o que é que afinal se passa nesta sociedade?! Serão todos doidos?!


Ora...

"Casamento: União legítima entre duas pessoas, legalizada com as cerimónias e formalidades religiosas ou civis para constituir uma família."


Serão os homossexuais capazes de formar uma família que seja aceite por toda a Humanidade (sem receberem olhares de desdenho, críticas, insultos...)?!



Dizem que temos direito à liberdade, às próprias escolhas, à nossa vontade... Mas de que serve esse direito se não é respeitado? Se tal coisa não é aceite por todos (visto que ninguém pensa de maneira igual ou, sequer, idêntica) valerá a pena todo este sacrifício pelo que estes indivíduos, perdidamente apaixonados por pessoas do mesmo sexo, passam...?



Relativamente à "poligamia" nos namoros, serão os namorados capazes de partilhar a pessoa que mais amam? Ou melhor, estarão estes namorados cientes do que é o "namoro"?

Receio que não...


"Curtes"... Mas que raio de conceito este para designar relações passageiras, apenas para satisfação sexual de cada um sem nada esperar em troca...

Mais uma das inovações, principalmente, na juventude...!


Estamos no século XXI, os avanços tecnológicos continuam... Mas há certas coisas que, por mais desenvolvimento que mentalidade humana tenha, não são toleradas...


Meus senhores, apresento-vos os princípios básicos do ser humano.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

P'ra quê?!

Mas para que é que é isto tudo? Para quê tanta obrigação, horários, regras?!

Às vezes não entendo! Sei que posso ser dura de roer, mas porra! De que vale esta trampa toda?! Tanta chatice sem fundamento!

Se sou sincera, é porque sou bruta; se omito algo, é porque nao confio! De que serve falar?!

Estou revoltada, sim! Mesmo muito! Há limites! E o da minha paciência chegou ao fim!

Se quero estar, não posso estar; se tenho de estar, não quero estar! Será que não posso estar e querer estar?! Será assim tão difícil para a outra metade?!

Outra coisa. Se há situações que não se prevêem nem se marcam é em convívio. "Era só na segunda e na terça."! Ai! Que arrepios!!!

Há um grupo e um dueto. O dueto não quer estar no grupo, mas o grupo quer o dueto!


Serei eu tão quadrada...?

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Eu não sou doida!

Muita gente acha que sou alguém sem escrúpulos, que não presto, que sou uma convencida de primeira, entre outras belíssimas qualidades...

Não me interessa! Simplesmente não me interessa! Passa ao lado, a milhas...!

A minha pior qualidade (sim, a palavra "defeito" é demasiado assustadora) é não saber dar o braço a torcer... É grave, eu sei, mas sou imensamente orgulhosa e só a muito custo é que admito que errei...

Hei-de mudar... Um dia...!

A única coisa, em mim, de que me orgulho é, sem dúvida, ser apaixonada pela vida...


E isto, não o troco por nada...

sábado, 9 de janeiro de 2010

(Re)começo

Não há nada que nos faça continuar, nada com que possamos contar... Tudo parece querer desabar, nos tirar o chão, fazer-nos pairar...

Vagueia-se, por momentos (por vezes eternos), em ruas perdidas, despidas de ninguém, gastas do tempo...

Percorre-se a luz, ouve-se o silêncio, admira-se o nada...

Quer-se chorar, bradar ao mundo, num sopro profundo, que nada vale a pena quando não se sabe sonhar...

Sente-se o nu, cheio de nós, completo do fundo ao profundo... Num só...

Sabe-se tombar, cair... Mas não levantar...

Está-se vazio, não há ar...

Pensa-se em... Acordar...