A Vida foi passando, de mãos dadas comigo, sorrindo e amparando-me quando necessário...
A Vida não me abandonou nunca, não me rasteirou por malícia, nem falou mal de mim quando isso lhe era admitido; nunca o fez por existir de facto, por eu lhe ter atribuído uma razão, lhe delineado um fim...
A todo o momento me senti acompanhada e consegui manter tudo o que me era imprescindível... Mas, agora, agora fugiu-me tudo num ápice, por minha culpa e por culpa da puta minha Vida. Abandonou-me, sacudiu as mãos e deixou-me cair só. Só como nunca estive, ausente de mim mesma, sombreada pelo meu corpo, meu mesmo corpo.
Não sei onde, como, quando, em que ocasião nem se sequer encontrarei nova razão para passar a presente, desligar do ausente e viver por fim.
Mais importante que tudo, não conheço Vida para além desta que me deixou...
Espero por algo, mas não sei bem pelo que é suposto esperar...
Que intenso!
ResponderEliminar