sábado, 12 de março de 2011

Amar é...

Amar é estar sempre lá
(por pensar, por sentir, por desejar).

Amar é respirar em contratempo,
partilhando o ar respirado.

Amar é experimentar a dor
e com ela aprender.

Amar é ficar alterado
com a sua presença.

Amar é sorrir à parva
em plena rua, só.

Amar é não desviar atenção
um único segundo.

Amar é repor pedacinhos
do coração, quando este é esfaqueado.

Amar é dar tudo
até ficar sem nada.

Amar é lutar cada dia
e noite.

Amar é afagar sofrimentos,
quando assim tem de ser.

Amar é criar a perfeita união,
dar a mão e encaixar.

Amar é chorar por saudade
e matá-la com amor.

Amar é ser bengala,
é amparar.

Amar é repartir de desigual forma:
um bocadinho para mim, o resto para ti.

Amar é acarinhar,
acariciar, iluminar.

Amar é sufocar O alguém de beijos eternos,
ternos e fogosos.

Amar é não poder mais,
encher o saco e arranjar um maior.

Amar é a crescente paixão inquieta
que nos abana.

Amar é derreter ao mínimo olhar e sorriso;
é corar e dizerem-nos o quanto corámos.

Amar é queimar tardes e noites de sono e
esquecer ter de comer.

Amar não é ser especial:
é ser único.

Amar é raro. É raro e é mentira.
É mentira, não: é ilusão.
É ilusão, mas existe; existe para alguns.
É ilusão, é confundida com outra coisa que não tem o seu estatuto, nem bem lá pertinho...


Amar é sonhar acordado; é assistir a vida a voar connosco.

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